quarta-feira, 30 de março de 2011

Morre aos 79 anos José Alencar,
ex-vice-presidente da República

Ele lutava contra o câncer desde 1997 e voltou a ser internado na última segunda
Wanderley Preite Sobrinho e José Henrique Lopes, do R7

Dida Sampaio/AE - 25.11.2006Dida Sampaio/AE - 25.11.2006
Alencar passou por várias cirurgias na luta contra o câncer desde 1997
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Morreu às 14h41 nesta terça-feira (29), aos 79 anos, o ex-vice-presidente da República José Alencar, que lutava contra um câncer desde 1997. Segundo boletim médico, divulgado às 15h, o ex-vice faleceu em decorrência da doença e "de falência de múltiplos órgãos".
O corpo do ex-vice-presidente será velado a partir das 10h30 desta quarta-feira (30) no Palácio do Planalto, em Brasília.Inicialmente, o velório estará restrito a autoridades, mas, posteriormente, será aberto ao público. O corpo de Alencar também será velado em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, na quinta-feira (31) pela manhã. O enterro também será em Belo Horizonte.
Alencar havia sido internado em “condições críticas” na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, na última segunda-feira (28), com um quadro de suboclusão intestinal, ou seja, parte do intestino estava entupido em decorrência do câncer na região.
Os médicos, no dia seguinte à internação, afirmaram que Alencar não passava mais por tratamento e estava sendo sedado para não sofrer. Com voz embargada, o médico Raul Cutait disse que Alencar estava "em um momento muito difícil de sua vida".

As idas e vindas do ex-vice ao Sírio eram constantes. Alencar teve alta hospitalar no último dia 15 de março, quando voltou para sua casa, em São Paulo. O ex-vice havia sido internado no dia 9 de fevereiro com peritonite, inflamação na membrana que reveste a cavidade abdominal. O problema foi causado por uma perfuração no intestino.

Em dezembro do ano passado, o ex-vice-presidente deu entrada no Sírio-Libanês com uma grave hemorragia no intestino. O sangramento, causado por um tumor na região abdominal, foi posteriormente controlado pelos médicos por meio de um procedimento chamado embolização.

O tratamento contra o câncer, doença que ele combatia há mais de uma década, foi retomado em janeiro, após ter sido suspenso devido a seu estado de saúde, considerado delicado.

O ex-vice-presidente passou por diversas cirurgias e sessões de quimioterapia para combater tumores no rim, próstata e abdome, além de se submeter, sem sucesso, a um tratamento experimental fora do país.

Devido à doença, Alencar optou por não concorrer a uma vaga no Senado na eleição de 2010. Ao anunciar a desistência, disse que não seria justo com os eleitores tentar uma nova candidatura.

- Sempre disse que só aceitaria examinar uma candidatura se eu estivesse curado. Eu me sinto curado porque estou muito bem, mas continuo fazendo quimioterapia e não sei se seria honesto colocar o meu nome como candidato fazendo a quimioterapia. E eu não posso parar com a quimioterapia.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff, muito próximos a Alencar, estão em Portugal nesta terça-feira (29).

Homenagem

No dia 25 de janeiro, Alencar recebeu o aval dos médicos para sair do hospital e participar de uma solenidade na sede da Prefeitura de São Paulo. Na ocasião, ele recebeu da presidente Dilma Rousseff uma medalha comemorativa do aniversário da cidade. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também estava presente.

Ao ser condecorado, ele discursou em uma cadeira de rodas e lembrou a luta contra o câncer.

- O período longo em que fiquei ativo me trouxe essa dificuldade de locomoção. Estou fazendo fisioterapia e estou melhorando [...] Não posso me queixar, mas tenho de fazer a minha parte. Estou lutando para não morrer e estamos vencendo com a força de Deus. E seja qual for o resultado, será uma vitória nossa.


Deficientes auditivos e visuais lutam contra fim de escolas especiais

Redação SRZD | Rio+ | 30/03/2011 09h07


Foto: Reprodução de InternetA comunidades de deficientes auditivos e visuais no Rio de Janeiro está temendo o fim das aulas de ensino básico no Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), em Laranjeiras, e no Instituto Benjamin Constant, na Urca, ambos na Zona Sul, segundo o jornal "O Globo".

Já circulam pela internet vídeos e abaixo-assinados contra o encerramento do ensino nestas instituições, que atendem, juntos, cerca de 800 alunos. A diretora-geral do Ines, Solange Rocha, disse que diretora de Políticas Educacionais do Ministério da Educação, Martinha Claret, esteve no Rio há cerca de 10 dias para informar que as aulas para os estudantes com necessidades especiais seriam encerradas até o fim deste ano. O objetivo é matricular os estudantes especiais em colégios convencionais.

Segundo Solange, Martinha foi "categórica" quanto ao fim do ensino e esclarece que o Colégio de Aplicação é fundamental, já que é o local onde os professores são formados, além de elaborar material especializado, que será usado em todo o país.

No Colégio de Aplicação do Ines, 80 professores se formaram em pegagogia com o iso da Língua Brasileira de Sinais, nos últimos dois anos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Obama no Brasil

Brasil se rende ao carisma de Obama


Vinte e dois minutos, precedidos por um atraso de aproximadamente uma hora, foram suficientes para que o carisma de Barack Obama conquistasse os brasileiros. Apesar de o discurso ter sido construído de maneira primorosa, com cada palavra e referência histórica escolhidas a dedo, o que mais impressionou a plateia do Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, foram os gestos, o tom de voz, a eloquência e as pausas acertadas do homem mais poderoso do mundo, que falou sorrindo e sem gravata.
“O discurso não foi além do esperado, mas ele esbanjou charme e carisma. Ele tem presença, tem magnetismo”, disse o político Fábio Feldmann, que foi candidato ao governo de São Paulo nas eleições de 2010 pelo PV e estava entre os convidados.
E foi por causa desse carisma que o público – formado por autoridades locais, executivos americanos e brasileiros, com suas mulheres de vestidos e cabelos presos, pais e filhos, integrantes de ONGs e grupos que representam setores da sociedade civil – interrompeu o discurso diversas vezes com aplausos e gritos.
A primeira delas foi logo no início, quando o presidente americano disse em português, com todo o sotaque que lhe é inevitável: “Alô, cidade maravilhosa. Boa tarde a todo o povo brasileiro”. Outras referências nacionais, como as palavras “cariocas, mineiros, baianos e paulistas”, o filme Orpheu e a música de Jorge Ben também empolgaram a plateia. “Eu fiquei arrepiada”, revelou Verônica Perri, que é casada com um americano e cujo filho de sete anos mandou a Obama um desenho do Cristo Redentor.
Verônica não foi a única a se sentir tocada pelo discurso. “Foi emocionante. Ele se referiu ao Brasil de forma tão íntima que nos deu muito prazer”, disse Maria Alice Santos, integrante do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos dos Negros do Rio de Janeiro, ressaltando que o discurso de Obama também estimulou a auto-estima dos brasileiros. “Um presidente dos EUA negro vir ao Brasil e fazer o discurso que Obama fez, exaltando desde a importância política e social à beleza do nosso país, é uma referência para a população, principalmente para a população negra brasileira”, completou.
Para o cientista político José Augusto Guilhon de Albuquerque, que falou ao site de VEJA logo após o discurso, Obama teve sucesso em seu objetivo de estabelecer um diálogo com o povo brasileiro. “A comparação sobre a independência do Brasil normalmente não está nem na pauta dos acadêmicos mais ‘brasilianistas’.
Todo o discurso foi para mostrar que temos uma origem em comum, uma história semelhante, compartilhamos valores como democracia, direitos humanos e justiça social e temos tudo para caminhar juntos”, acrescentou, lembrando que ainda há alguns setores na sociedade brasileira que têm um sentimento antiamericano, o que atrapalha nas relações bilaterais. “Este discurso, do ponto de vista das relações entre EUA e Brasil, foi o mais importante. Foi o ponto alto da viagem de Obama e atingiu plenamente o objetivo dele”, acrescentou Guilhon. (com informações de Veja. foto/AP)

quinta-feira, 10 de março de 2011

OS BONECOS GIGANTES DE BELÉM DO SÃO FRANCISCO:

ZÉ PEREIRA E VITALINA.

Por Tercina Mª. L. Barros Bezerra 

O carnaval de Belém do São Francisco é um dos mais antigos do Estado de Pernambuco, tendo início no final do século de XIX com a criação da Filarmônica do povoado. 

Já chegando os anos vinte do século XX no município de Belém do São Francisco, veio a criação do primeiro boneco gigante do Brasil: Zé Pereira. Mais tarde, foi criada sua parceira Vitalina. Assim, iniciou-se o costume dessas figuras alegóricas no carnaval do Brasil. 

No cortejo de Zé Pereira e Vitalina, seguiam a Filarmônica e os blocos, com marchinhas compostas por compositores locais, que se juntavam àquelas que vinham do cancioneiro carnavalesco nacional. Depois vieram os caretas que buscavam a adesão daqueles que resistiam cair na folia. 

OS PRIMEIROS FOLGUEDOS - Com a criação da Filarmônica em 1894, no ano seguinte (1895) aconteceram as primeiras folias de carnaval no povoado de Belém, com marchinhas que animaram os primeiros foliões e caíram no gosto da comunidade. Daí para frente, a Filarmônica anima o carnaval, incorporando o folguedo à cultura local. Mas as brincadeiras ainda eram simplórias e culminavam com um baile em salão residencial. 

A CRIAÇÃO DE ZÉ PEREIRA E VITALINA - Entre 1905 e 1928, quando Belém se consolidava como sede de município às margens do Velho Chico, o Padre belga Norberto Phalempin conduziu a vida religiosa e cultural do lugarejo, como seu primeiro vigário, e também contribuiu para a forma como os belemitas vivenciam o carnaval. De forma rotineira, o Padre expunha oralmente os costumes do seu torrão natal – a Bélgica – para um grupo de freqüentadores da Casa Paroquial. O Padre descrevia as festas religiosas européias em que se utilizavam grandes figuras humanas bíblicas em procissões, a fim de atrair fiéis para rituais litúrgicos. 

Atento ouvinte, Gumercindo Pires de Carvalho (filho do Cel. Jerônimo Pires de Carvalho e Hermelinda Pires de Carvalho–Dindinha) recontextualizava as gigantes alegorias no seu imaginário juvenil, inserindo-as no único folguedo da cidade. Um dia, ele concebeu aquelas figuras gigantes para uma finalidade diferente daquela exposta pelo Padre. 

Enquanto o Padre Norberto proclamava os feitos religiosos de sua terra, Gumercindo projetava o uso daquelas alegorias para ser o centro da animação do carnaval de Belém, ou seja, a transferência de um elemento do sistema simbólico cristão (católico) para o sistema de representação pagã. 

Folião apaixonado de primeira hora, ele desejava estimular o espírito carnavalesco daquela pequenina cidade, ainda sem qualquer meio de comunicação de massa. Quase sonhando, ele imaginava ter encontrado a fórmula de arrebatar definitivamente o entusiasmo de seus conterrâneos para a folia. 

Artista nato, o jovem Gumercindo procurou a sua tia Almerinda Benquerida do Amor Divino–Nenzinha, que utilizava a técnica de papel machê na confecção de santos e figuras para a Lapinha de Belém, popularmente conhecida como a Lapinha de Nenzinha e, com ela, projetou a modelagem de um boneco gigante. 

Com a massa de papel machê, Gumercindo moldou uma imensa cabeça masculina, com bigode e barba pintados. Teve como auxiliares: José Duarte Lima na modelagem, Luiz Borges (conhecido por Luiz de Tomásia) na pintura, Deoclécio Lustosa de Carvalho Pires como financiador do projeto e Nenzinha na confecção das mãos e das roupas. 

O corpo, com estrutura em madeira, vestia um macacão estampado. Não como Deus, mas como um artesão que recebeu um dom divino, ali estavam criador e criatura. O mito da criação se recriava. 

Precisava dar-lhe nome. Lembrou do português José Pereira que, no Rio de Janeiro, à época do império, iniciou o entrudo no carnaval brasileiro. Em sua homenagem, batizou o boneco de Zé Pereira e estreou no carnaval de 1919. Produziu uma encenação para a chegada de Zé Pereira da Europa (chamada, como gracejo, de Oropas), a título de convidado especial da sociedade belemita para os dias de folia. 

Chegando de barco pelo Rio São Francisco, a Filarmônica e o povo aguardavam seu desembarque no porto. Os componentes da Banda fantasiados de marinheiros e as crianças de palhaços. Daí em diante, Zé Pereira vem comandando o reinado do povo que, em Belém, não é de Momo, tornando-se tradição nos carnavais. Inicialmente aos sábados e, depois, nas sextas-feiras à noite, impreterivelmente e sem atrasos, a recepção a Zé Pereira é marco oficial da abertura do carnaval belemita. 

A partir de 1925, os bailes carnavalescos saíram dos salões de residências para o Teatro Santa Cecília, porque não havia clube social. 

Entre 1915 e 1925, Pompílio Lustosa Cantarelli e Dionon Pires de Carvalho fantasiavam-se de baliza para marcar o passo na troça, sob orientação de Padre Norberto. Por causa dos largos movimentos corporais, as balizas eram exercidas por jovens do sexo masculino e somente depois passaram a ser exercidas por meninas e moças.

quinta-feira, 3 de março de 2011

sairá mais uma obra

Prefeito de Belém quer revitalizar orla da cidade

quinta-feira, 10/02/2011

O prefeito de Belém do São Francisco, Gustavo Caribé (PSB) entregou ao Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB) o projeto básico para a revitalização da Orla de sua cidade.
Esse projeto já havia sido discutido com o deputado federal Fernando Filho (PSB) que já deu aval para que o prefeito avançasse no projeto.
O Ministro Fernando Bezerra se comprometeu a avançar nas negociações para que a obra saia do papel.